Depois de alguns anos sem contar com câmaras técnicas de assessoramento, o Ministério da Saúde está retomando a estrutura
O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), equipamento vinculado à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), foi escolhido para participar de duas câmaras técnicas de assessoramento (CTAs) da direção do Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados (SINASAN). O hemocentro cearense irá compor as CTAs em “Sangue e Hemoderivados” e em “Coagulopatias”.
A escolha aconteceu em consenso pelos hemocentros brasileiros que, a pedido do Ministério da Saúde, elegeram os representantes, respeitando a representatividade das regiões. A nomeação foi publicada no mês passado no Diário Oficial da União. O Hemoce já havia feito parte das CTAs em outras ocasiões.
Depois de alguns anos sem contar com câmaras do tipo, o Ministério da Saúde está retomando a estrutura. O objetivo é apoiar e qualificar a implementação e avaliação de políticas relacionadas à área de sangue e hemoderivados, no âmbito do SINASAN, sendo um colegiado consultivo. As câmaras são compostas por um grupo de especialistas que discutem problemas, sugestões e contribuem no planejamento de ações.
A Câmara Técnica de Assessoramento em Sangue e Hemoderivados visa qualificar a implementação da Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados. Entre suas funções, está assessorar na formulação, implementação, avaliação e monitoramento das ações relacionadas à Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados, bem como as ações de atenção hemoterápica no país, tais como promoção da doação voluntária de sangue e apoio à produção nacional de hemoderivados.
A CTA em Coagulopatias, por sua vez, objetiva qualificar a implementação da atenção integral às pessoas com coagulopatias e outras doenças hemorrágicas, assessorando na formulação, implementação, avaliação e monitoramento de suas ações.
O Hemoce já havia feito parte das CTAs em outras ocasiões
Luciana Carlos, diretora-geral do Hemoce, revela a expectativa com a retomada das CTAs. “Todos os serviços de hemoterapia tinham um anseio muito grande para que essas câmaras técnicas voltassem a funcionar, porque havia a falta dessa instância de consultoria para o planejamento e aproximação mais formal com o Ministério da Saúde, apesar de haver abertura onde cada serviço pode falar diretamente com o órgão nacional. Nós esperamos agora discutir e contribuir com o crescimento da rede”, revela.
A diretora destaca a importância de o Hemoce compor as câmaras técnicas de assessoramento. “Isso mostra a liderança do Hemoce nos âmbitos regional e nacional. O hemocentro do Ceará tem sido identificado como uma instituição que tem maturidade e condições de contribuir tanto representando a região Nordeste, como para a construção dessa política. Nos consolidamos como uma liderança regional e podemos levar a nossa experiência, além de ouvir as demandas dos outros Estados e compartilhar com o Ministério da Saúde os desafios dos serviços de hemoterapia da Região Nordeste, fazendo essa ponte”, completa.
Coordenada por um membro da Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados do Departamento de Atenção Especializada e Temática da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES) do Ministério da Saúde, a câmara de Sangue e Hemoderivados conta com um membro da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), um da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e um da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do MS. Além de cinco da Rede de Serviços de Hemoterapia, sendo um representante de cada região. O Nordeste é representado pelo Hemoce e conta na suplência com o Hemocentro da Paraíba (Hemoíba).
A CTA em coagulopatias também é coordenada por um membro da Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados do Departamento de Atenção Especializada e Temática da SAES e conta com um representante da Hemobrás, além de cinco da rede assistencial, entre eles, o Hemoce e na sua suplência a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron).
Mín. 24° Máx. 27°