Atualmente, 60% da produção catarinense de mandioca é destinada à indústria (Foto: Divulgação/Epagri)
No dia 12 de abril, às 8h, uma farinhada no município de Sangão, no Sul Catarinense, dá início à safra 2024 da mandioca em Santa Catarina. Este evento valoriza e promove a produção da hortaliça no Estado, que está presente em aproximadamente 38 mil propriedades rurais e ocupa mais de 12,5 mil hectares em SC.
A farinhada acontece no Engenho da Rocha Alimentos. Em seguida, a programação segue no Centro de Eventos do município, onde terá palestras, concurso de pratos à base de mandioca, café e almoço com alimentos derivados da hortaliça. A participação no evento é gratuita, mas os interessados devem se inscrever antecipadamente nos escritórios da Epagri.
A abertura da colheita da mandioca e a primeira farinhada do ano em Santa Catarina são uma realização da prefeitura de Sangão e da Epagri, com apoio da Associação das Indústrias da Mandioca de Santa Catarina (AIMSC) e parceiros. O evento acontece como parte da programação da 1ª Festa da Cultura de Sangão.
Darlan Rodrigo Marchesi, coordenador do Programa Olericultura da Epagri, observa que a mandioca é o mais brasileiro dos alimentos, cultivada em todo o país. “Porém, o estado catarinense é considerado o berço da industrialização. Este reconhecimento se deve aos avanços promovidos pelos imigrantes nas técnicas de produção de farinhas em engenhos, que resultaram na melhoria da qualidade e da diversidade do produto. Atualmente, 60% da produção catarinense é destinada à indústria”, diz ele.
O cultivo e o processamento da mandioca-indústria são desenvolvidos pelo trabalho familiar e estão concentrados nas regiões do Sul Catarinense, do Vale e Alto Vale do Itajaí e em alguns municípios da Grande Florianópolis. O Litoral se destaca e os municípios de maior produção são Sangão, Jaguaruna, Araranguá, Sombrio e São João do Sul. As agroindústrias são de diferentes portes e produzem farinhas, fécula, polvilho azedo e seus derivados. Esses alimentos abastecem o Estado, mas também são destinados ao mercado nacional e até à exportação.
Segundo Darlan, a evolução do setor é contínua. “As famílias estão cada vez mais incorporando melhorias no processo produtivo, como o Sistema Plantio Direto de Hortaliças (SPDH ), uso de boas práticas de produção, adoção de tecnologias inovadoras como variedades melhoradas pela Epagri , que respondem por mais de dois terços da área cultivada. Esse trabalho envolve a Epagri, as prefeituras, as associações de agricultores e a indústria da mandioca em ações de assistência técnica, extensão rural e pesquisa agropecuária”, salienta.
De acordo com dados da Epagri levantados juntos aos produtores, a expectativa deste ano é colher cerca de 201 mil toneladas de mandioca para indústria e mesa em Santa Catarina, 30% menos que na safra de 2023. Segundo Darlan, a queda na produção foi ocasionada pelas chuvas que ocorreram no final de 2023 e início de 2024. “As maiores perdas foram da mandioca cultivada de um ano e meio, que apodreceram devido ao encharcamento das áreas. Nas lavouras cultivadas de um ano, as perdas foram menores e há expectativa que ela recupere até a plena colheita, que segue até agosto”, diz ele.
Darlan explica que se não fossem as chuvas intensas, a expectativa para este ano era de um rendimento 25% superior a 2023, devido à melhoria na qualidade das ramas, uso de variedades recomendadas pela Epagri e do SPDH aplicado à mandioca.
Serviço
O quê: Abertura estadual da safra da mandioca e primeira farinhada de 2024
Quando: sexta-feira, 12 de abril, às 8h
Onde: Engenho da Rocha Alimentos e Módulo Esportivo de Sangão
Mais informações e entrevistas: Lilian Gonçalves dos Santos, extensionista rural da Epagri em Sangão, (48) 3631-9335, ou Darlan Rodrigo Marchesi, Coordenador do Programa Olericultura da Epagri, (48) 3403-1070.
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Assessora de comunicação da Epagri
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