O Governo do Estado da Bahia, por meio das secretarias de Cultura e de Educação, reafirmou o apoio à Bienal do Livro Bahia 2026. O evento acontecerá entre os dias 15 e 21 de abril, no Centro de Convenções Salvador, e será a maior edição da história, com sete dias de programação e mais de três mil metros quadrados de área de exposição.
O apoio financeiro previsto é de R$ 2 milhões do Governo do Estado, o dobro da edição anterior. Além disso, haverá ampliação do valor do vale-livro distribuído aos estudantes e professores da rede pública. Cada pessoa receberá R$ 100 para gastar com produções literárias no evento, quantia que foi de R$ 50 para os alunos no ano passado.
Outra novidade é que, na próxima edição, a Bienal do Livro ganhará o Selo Bahia Literária. A Bahia se consolida como o estado que mais investe em feiras literárias no Brasil: são R$ 24,3 milhões em feiras e festivais até o primeiro semestre de 2026, fortalecendo o acesso ao livro, à leitura e à literatura.
“Os investimentos do Governo do Estado na política de incentivo ao livro e à leitura tornaram a Bahia o estado que mais investe em eventos literários no Brasil. O retorno desse trabalho aparece na formação de novos leitores, no engajamento do público e na mobilização de agentes culturais em diferentes territórios de identidade. Celebramos o desenvolvimento da cadeia econômica da produção literária com mais oportunidades para quem escreve e para as editoras locais que se beneficiam do mercado editorial na Bahia”, ressaltou o secretário estadual de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro.
Para a secretária da Educação do Estado da Bahia, Rowenna Brito, a distribuição de vales-livros realizada pela Secretaria da Educação incentiva a leitura e democratiza o acesso a livros. "A Bienal do Livro de Salvador é uma grande oportunidade para os estudantes ampliarem o repertório cultural, conhecerem autores e obras clássicas e contemporâneas. A distribuição de vales-livros realizada pela Secretaria da Educação visa incentivar a leitura e democratizar o acesso a livros”, afirma.
Em 2025, até o momento, a Secretaria da Educação já investiu R$ 30 milhões em ações voltadas para o fomento à leitura, à literatura e à participação estudantil em eventos literários em todo o estado. “Cada feira é uma oportunidade de ampliar o repertório dos nossos estudantes, de despertar talentos e criar vínculos com o conhecimento de forma lúdica e afetiva”, completa.
IMPACTO - Ao detalhar o papel da Bahia Literária na edição de 2026 da Bienal do Livro, o diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, Sandro Magalhães, ressaltou a força do programa e o impacto esperado.
“A Bienal do Livro 2026 será mais uma grande celebração da nossa Bahia Literária, programa que percorre todos os territórios do estado e está apoiando a realização de mais de 100 eventos literários. A Bienal será um espaço de diversidade, de valorização da literatura e de ampliação da participação de estudantes, professores, artistas, autores e editoras baianas. É um encontro de gerações e uma reafirmação do compromisso do Governo do Estado com a democratização do acesso ao livro e à leitura, consolidando-se como uma verdadeira festa do conhecimento e da cultura baiana”, destacou Sandro Magalhães, diretor-geral da Fundação Pedro Calmon.
A expectativa é que a Bienal 2026 consolide a Bahia como polo cultural plural e inclusivo, ampliando a participação de autores nacionais e internacionais e fortalecendo a formação de público leitor em comunidades periféricas e na rede pública de ensino. A curadoria será 100% baiana, com nomes como Joselia Aguiar, Deco Lipe, Maíra Azevedo (Tia Má), Aldri Anunciação e Mira Silva à frente de diferentes eixos da programação, garantindo diversidade e pluralidade de vozes.
NÚMEROS - Em 2024, a Bienal do Livro recebeu mais de 100 mil visitantes e registrou a venda de aproximadamente 800 mil livros, com 170 autores e mais de 100 horas de atividades em espaços como Café Literário, Arena Jovem e Janelas Encantadas.
A Secult, por meio da FPC, teve papel central na edição. O Governo do Estado investiu R$ 1 milhão no evento e R$ 750 mil em vales-livro distribuídos para cinco mil estudantes e cinco mil professores. Além disso, houve apoio a editoras baianas e universitárias, lançamento do livro 2 de Julho em parceria com a UNEB, atividades culturais no estande do Governo e participação de estudantes e professores do projeto TAL, além de iniciativas como podcasts e cobertura jornalística.
O apoio à Bienal integra uma política mais ampla da Secult para o livro e a leitura. Entre 2023 e 2025, foram destinados R$ 39,5 milhões para produção literária na Bahia, por meio de editais da Política Paulo Gustavo, da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) e de recursos próprios do Governo do Estado. Só com o edital Bahia Literária foram destinados R$ 24,3 milhões, contemplando todos os 27 territórios de identidade do estado.