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Crianças atendidas no Hospital Infantil Albert Sabin recebem bonecos de pano bordados com histórias de superação
Equipe do projeto “À Flor da Pele” entregou bonecos às crianças internadas As crianças atendidas no Centro Pediátrico do Câncer e Unidade de Cuidad...
06/05/2024 11h54
Por: Redação Fonte: Secom Ceará

Equipe do projeto “À Flor da Pele” entregou bonecos às crianças internadas

As crianças atendidas no Centro Pediátrico do Câncer e Unidade de Cuidados Prolongados do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), receberam uma visita especial na manhã desta quinta-feira (2). Uma equipe da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) e membros do projeto sem fins lucrativos “À Flor da Pele” entregaram 114 bonecos de pano bordados à mão aos pequenos em tratamento.

Os brinquedos artesanais foram produzidos pela equipe do projeto “À Flor da Pele” e por internas da unidade prisional feminina Auri Moura Costa (UFP). A iniciativa visa levar, através das histórias das bonecas, temas como superação, solidariedade e também uma forma de proporcionar conforto e carinho por meio dos “companheiros” às crianças que estão em tratamento hospitalar.

A diretora-geral do Hias, Fábia Linhares, diz que momentos como esse podem mudar a perspectiva dentro do ambiente hospitalar. “Ações como essas são muito esperadas e a gente fica muito feliz quando recebe essas doações para que possam transformar esse momento de vulnerabilidade. A família está nesse momento difícil, uma quebra de seu ambiente de casa. E a chegada de ações como essa, que vêm contar histórias do dia a dia, que elas se veem dentro desse processo, dessa história, faz com que esse momento se torne mais leve e agradável”, ressalta.

Imaginário lúdico

Pela segunda vez no Hias, a coordenadora do projeto À Flor da Pele, Madalena Fontenelle, explica que o objetivo é despertar o imaginário lúdico e sentimentos positivos que ajudem no bem-estar e na recuperação dos pacientes. “O projeto visa deixar uma companhia com as crianças que estão internadas pois, apesar de ser permitido que a mãe ou pai fiquem, muitas vezes eles precisam trabalhar ou ficar com outras crianças, e as bonecas são uma companhia”, pontuou.

O grupo conta com quase 200 pessoas, sendo 60 delas do Presídio Feminino, e a realização das ações é possível principalmente por conta das parcerias. “Temos parcerias que fornecem tecidos, parcerias que bordam, que costuram as bonecas, todas essas parcerias são essenciais. O que nos motiva é receber o sorriso da criança, do acompanhante da criança, o depoimento das voluntárias que bordam e que se sentem cuidadas porque estão fazendo o bem para alguém,” conta.

Momentos de cuidado

Foto: Reprodução/Secom Ceará

Os bonecos entregues levam o nome das crianças que receberam

Miriam Freitas, mãe do Miqueias, que está internado há cinco meses no hospital, expressou sua felicidade com a realização desse momento. Para ela, ações como essa reforçam todo o carinho e cuidado que a instituição tem com a família e com os internos. “É um momento diferente para eles e para nós, e quando tem algo assim nos deixa muito felizes, porque vejo que, mesmo sem conhecer meu filho, alguém lembrou dele e das outras crianças. Achei um projeto muito legal e interessante, com essa história a ser contada através de bordados. Vivemos uma vida tão difícil aqui dentro e esses momentos trazem alegria e descontração, ficamos satisfeitas por sermos lembradas, tanto nós como nossos filhos”, afirmou.

À Flor da Pele

Concebido pela artista plástica e professora Terezinha Bevilaqua, na cidade de São José dos Campos (SP), o “À Flor da Pele” é um projeto de confecção de bonecas de pano bordadas à mão, com histórias autorais sempre abordando temas de luta, superação, solidariedade, aceitação, afetos e desejos de mudanças.

Fruto de trabalho voluntário realizado por bordadeiras, as bonecas são doadas a crianças em hospitais e a idosos em asilos, com o objetivo de despertar o imaginário lúdico e sentimentos positivos que ajudem no bem-estar e na recuperação desses pacientes. O projeto se encontra em quase todo o território brasileiro e em outros países, como Portugal, Estados Unidos, Chile, Canadá e México.