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Roubo de cargas no Nordeste cresce 40% e transforma corredores logísticos em novas zonas de risco, aponta ICTS Security

Pernambuco, Bahia e Maranhão concentram as ocorrências, com quadrilhas se aproveitando da menor presença policial em rotas estratégicas como BR-101, BR-232 e BR-116

Herbert Rodrigues
Por: Herbert Rodrigues Fonte: Juliana Gusmão - ICTS Security
10/09/2025 às 23h07
Roubo de cargas no Nordeste cresce 40% e transforma corredores logísticos em novas zonas de risco, aponta ICTS Security
Foto: Divulgação

A região Nordeste registrou um crescimento alarmante nos prejuízos financeiros causados por roubos de carga em 2024. Segundo levantamento da ICTS Security, empresa especializada em consultoria e gestão de segurança, a participação da região no total de perdas nacionais saltou de 8,3% para 11,7%, um aumento proporcional de 40%, acendendo um alerta para a expansão da criminalidade em corredores logísticos essenciais para o abastecimento do país.

 

O avanço das quadrilhas está concentrado em rotas estratégicas como a BR-101, BR-232 e BR-116, que conectam zonas portuárias aos grandes centros urbanos da região. Estados como Pernambuco (4,9%), Bahia (2,5%) e Maranhão (1,4%) lideram em número de ocorrências e prejuízos, com uma atuação cada vez mais organizada e direcionada.

 

“A dinâmica do crime no Nordeste segue um padrão claro de migração. As quadrilhas estão ocupando rotas com menor presença de policiamento ostensivo, mirando cargas de fácil revenda, como vestuário, alimentos e bebidas. É uma movimentação estratégica, que replica práticas já vistas no Sudeste, mas em um contexto onde a infraestrutura de segurança é mais frágil”, avalia Anderson Hoelbriegel, Diretor de Negócios da ICTS Security.

 

A sazonalidade também tem papel relevante nesse cenário. Somente nos meses de novembro e dezembro de 2024, o número de ataques na região Nordeste cresceu 60%, aproveitando o aumento do fluxo logístico motivado pelas festas de fim de ano. Esse padrão evidencia a capacidade de planejamento das quadrilhas, que ajustam suas operações conforme a movimentação do mercado.

 

Apesar de os volumes absolutos de ocorrências ainda serem menores do que os registrados no Sudeste, o impacto financeiro das ações no Nordeste já representa uma fatia expressiva das perdas nacionais.

 

“A expansão da mancha criminal no Nordeste exige uma resposta rápida e integrada. Se não houver uma mobilização imediata para reforçar a segurança nas rotas mais críticas, corremos o risco de transformar a região em um novo polo de atuação do crime organizado, como já aconteceu no Sudeste em anos anteriores”, alerta Hoelbriegel.

 

O estudo da ICTS Security destaca ainda que a redução dos índices no Sul do país, associada à interiorização dos crimes em São Paulo, está levando as quadrilhas a explorar novas rotas e geografias. “O Nordeste se tornou a próxima fronteira do roubo de cargas no Brasil. A fragilidade da fiscalização em determinados trechos, somada ao aumento da circulação de mercadorias, cria um ambiente propício para a expansão do crime”, conclui Hoelbriegel.

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