O Supremo Tribunal Federal (STF) impôs uma nova derrota ao grupo político do ex-prefeito Antônio Elinaldo e do ex-vereador Flávio Matos, ao rejeitar a tentativa da Câmara Municipal de manter travas no orçamento da Prefeitura de Camaçari. A decisão, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, garante à gestão do prefeito Luiz Caetano (PT) liberdade para executar o orçamento de 2025 com responsabilidade e autonomia.
Mesmo fora do Executivo, o grupo derrotado nas eleições de 2024 ainda tem atuado para dificultar a administração municipal. Um dos principais ataques foi a aprovação, no apagar das luzes da legislatura passada, de uma emenda que reduzia de 100% para apenas 2% a margem autorizada para abertura de créditos suplementares — medida que, na prática, engessaria a capacidade de gestão da nova administração.
Caetano recorreu ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que suspendeu a emenda. A Câmara contestou a decisão no STF, mas o ministro Alexandre de Moraes confirmou o entendimento do tribunal baiano, classificando a limitação como “severa e desproporcional”, além de comprometer o bom funcionamento da máquina pública. Moraes ressaltou que, em situações excepcionais, o Judiciário deve intervir para preservar a eficiência da administração e o equilíbrio entre os poderes.
Com a decisão do STF, a Prefeitura de Camaçari mantém o direito de gerenciar o orçamento de forma dinâmica, assegurando a continuidade de serviços essenciais, programas sociais e investimentos em infraestrutura. A decisão reforça a legitimidade da atual gestão e evidencia mais um revés jurídico e político para o grupo que tenta manter influência por meio de manobras legislativas.