O cantor e compositor Carlos Pitta, de 69 anos, morreu, nesta terça-feira (7), por complicações provocadas pelo diabetes. Ele estava internado no Hospital Roberto Santos, em Salvador. A morte foi confirmada à produção da TV Bahia pela esposa do artista, Rita Basttos.
A despedida será na quarta-feira (8), com uma cerimônia de cremação no cemitério Bosque da Paz, em Salvador, às 10h.
Nascido em Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia, Carlos Pitta tinha mais de quatro décadas de carreira, é uma referência na Música Popular Brasileira (MPB) e foi um dos primeiros a identificar o talento de Ivete Sangalo em Salvador, quando ela ainda tinha 17 anos.
Ele tem mais de quinze discos lançados e destaque em ritmos regionais, como forró e xote. Um dos hits mais conhecidos do artista é "Cometa Mambembe", frevo imortalizado pelo refrão:
"E tenha fé no azul que está no frevo,
que o azul é a cor da alegria.
Um cavalo mambembe sem relevo,
um galope de Olinda pra Bahia.”
Outra música escrita por ele que alcançou o topo das paradas de sucesso em todo o país foi "Rebentão", gravada pela banda Cheiro de Amor, com Márcia Freire nos vocais, no auge do sucesso.
Pitta gravou canções com artistas como Elba Ramalho, Alcione e Margareth Menezes. Também dividiu palco com nomes como Caetano Veloso, Dominguinhos, Geraldo Azevedo, Belchior, Nando Cordel, Fagner.
Ao longo da carreira, se apresentou em países como Estados Unidos, Alemanha, Itália, Bélgica e na Suíça (no renomado Festival de Montreux).
Um típico estudioso da música, cursou Composição e Regência na Universidade Federal da Bahia em 1975, além de ter trabalhado com compositores da música erudita contemporânea, a exemplo de Ernest Widmer.